
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pode representar um marco na medicina mundial. A equipe liderada pela professora Tatiana Coelho de Sampaio investiga o uso da poliilaminina, medicamento desenvolvido a partir da proteína laminina, presente na placenta, para estimular a regeneração da medula espinhal.

Em fase experimental, o tratamento já mostrou resultados promissores em animais e em oito pacientes humanos atendidos até 72 horas após o trauma. Entre eles está o bancário Bruno Drummond de Freitas, vítima de um acidente de carro que o deixou tetraplégico em 2018. Duas semanas após receber a aplicação, ele conseguiu mexer o dedão do pé — o primeiro sinal de recuperação. Com o tempo, recuperou totalmente os movimentos, contrariando a previsão médica de que ficaria em cadeira de rodas.
Segundo o neurocirurgião Marco Aurélio Brás de Lima, trata-se do primeiro resultado comprovado de regeneração medular com uso de proteína. Apesar do avanço, a técnica ainda depende de autorização da Anvisa para novos testes clínicos que confirmem sua eficácia e segurança.

O estudo conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e vem sendo desenvolvido há 25 anos. Para especialistas, a descoberta abre caminho para uma nova era no tratamento de lesões na medula espinhal.
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