sábado , 6 dezembro 2025
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Colégio Adventista de Alagoinhas é alvo de críticas após encenação sobre Consciência Negra

A divulgação de imagens de uma atividade escolar realizada no Colégio Adventista de Alagoinhas, município localizado a cerca de 110 km de Feira de Santana, ganhou grande repercussão nas redes sociais nesta quarta-feira (26). A apresentação, feita em alusão ao Dia da Consciência Negra, provocou forte reação do público ao mostrar estudantes representando cenas de escravização.

A polêmica se intensificou após a publicação de uma foto em que um aluno negro aparecia amarrado a um tronco, com roupas rasgadas, enquanto outro estudante, branco e usando chapéu de fazendeiro, segurava um chicote. As imagens foram inicialmente divulgadas pelo próprio colégio, o que ampliou o alcance das críticas. Outra foto mostrava uma aluna branca interpretando a princesa Isabel durante a assinatura da Lei Áurea, reforçando a centralização da abolição na figura da monarquia.

As reações aumentaram quando a professora e escritora Bárbara Carine, autora do livro “Como ser um educador antirracista”, vencedor do Prêmio Jabuti em 2024, comentou o caso nas redes sociais. Em vídeo, ela afirmou que a encenação reproduziu simbolicamente a violência histórica contra pessoas negras.

Em nota, o Colégio Adventista de Alagoinhas declarou que houve uma “interpretação equivocada” da proposta e defendeu a intenção pedagógica da atividade, afirmando que seus projetos buscam valorizar a população negra e fortalecer a consciência histórica. Ainda assim, especialistas, ativistas e internautas apontam que a escola falhou ao adotar uma abordagem que, mesmo de forma encenada, reproduziu práticas simbólicas de violência.

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