
Uma frase viralizou nas redes sociais: “cada porção de biscoito recheado pode reduzir 39 minutos da expectativa de vida”. Mas será que isso é verdade?

A origem do boato
A polêmica surgiu após a repercussão de um estudo da Universidade de Michigan (EUA), em 2021. A pesquisa analisou 5.800 alimentos e criou o Índice de Nutrição e Saúde, que estimava o impacto de cada comida na qualidade de vida.
Entre os exemplos citados estavam cachorro-quente (-36 minutos), refrigerante (-12), bacon (-6) e cheeseburger (-9). Já frutas, nozes e vegetais mostraram ganhos.
Mas em nenhum momento o estudo falou em biscoitos recheados. Segundo a Dra. Marcella Garcez, da Associação Brasileira de Nutrologia, essa conta é uma extrapolação, não um dado científico real.

O que realmente acontece?
Apesar do mito, a preocupação faz sentido: biscoitos recheados são ultraprocessados, ricos em açúcar, gordura e aditivos, com pouco valor nutricional.
Pesquisas recentes apontam:
Quem consome mais ultraprocessados tem 15% maior risco de mortalidade geral;
Cada aumento de 10% no consumo eleva em 10% o risco de morte;
Maior consumo está ligado a obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardíacas, alguns cânceres e envelhecimento precoce.
Resumindo
O número dos “39 minutos” é mito. Mas a mensagem é válida: comer biscoito recheado todos os dias pode comprometer a saúde e reduzir a longevidade. O problema não é o doce ocasional, e sim transformá-lo em hábito diário.
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Redação Nayarha Santos
Informações Terra

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