
As fortes chuvas que atingem diversas regiões do Rio Grande do Sul desde o último fim de semana já causaram ao menos duas mortes, deixaram uma pessoa desaparecida e forçaram mais de 2 mil gaúchos a deixarem suas casas, segundo boletim da Defesa Civil estadual divulgado na manhã desta quarta-feira (18).
Até o momento, 1.336 pessoas estão desalojadas — ou seja, precisaram sair de suas residências e buscar abrigo com familiares, amigos ou em hotéis — e cerca de 1 mil estão abrigadas em estruturas públicas ou entidades assistenciais.
Um dos óbitos foi registrado em Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha, a aproximadamente 100 quilômetros de Porto Alegre. Um jovem de 22 anos, cujo nome não foi divulgado, morreu após o carro em que estava ser arrastado pela correnteza do Rio Caí, ao tentar atravessar a Ponte da Cooperação, que liga Nova Petrópolis a Caxias do Sul. A ponte, construída provisoriamente após as enchentes de 2024, teve parte da estrutura comprometida pela força da água.
A segunda morte confirmada ocorreu em Candelária, na Região dos Vales. Geneci da Rosa, de 54 anos, teve o carro levado pela correnteza enquanto atravessava uma ponte com o marido na manhã de terça-feira (17). O corpo da vítima foi encontrado horas depois. O companheiro dela continua desaparecido.
As chuvas também provocaram estragos em infraestrutura urbana e rodoviária. Ao menos 51 dos 497 municípios do estado relataram danos à Defesa Civil. Em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, 89 pessoas estão desalojadas e 28 desabrigadas. O prefeito Airton Souza informou que 29 escolas da cidade foram parcialmente destelhadas.
Além disso, há bloqueios totais em trechos de 16 rodovias estaduais e interdições parciais em outras seis, dificultando o acesso a diversas localidades.
Em publicação nas redes sociais, o governador Eduardo Leite destacou que algumas regiões, especialmente no noroeste do estado, já acumulam mais de 350 milímetros de chuva desde o fim de semana — volume considerado muito acima da média histórica para o período.
As autoridades seguem monitorando a situação, com alertas ativos e reforço nos trabalhos de assistência às populações afetadas.
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Foto: Alexandre Pessoa/Divulgação
Informações Por Agência Brasil
Redação Nayarha Santos

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