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Manoel José de Souza, o Nonô: De vendedor ambulante a primeiro prefeito de Varzedo

RELIQUIAS DE SAJ

Antes de se tornar uma das figuras políticas mais importantes da história de Varzedo, Manoel José de Souza, conhecido como Nonô, teve uma trajetória marcada pelo trabalho e dedicação desde jovem. Filho do Sr Zé Félix , começou ajudando o pai na produção de caldo de cana — conhecido na época como “garapa”. Ainda jovem, decidiu partir sozinho para Santo Antônio de Jesus, buscando novas oportunidades.

Em Santo Antônio, Nonô manteve a tradição familiar e continuou trabalhando com garapa. Foi lá que fez novas amizades e ampliou seus horizontes. Ao retornar para Varzedo, já veio com outros planos: começou a vender tecidos, perfumes, espelhos e outros itens de porta em porta, especialmente na zona rural. Inicialmente a pé, depois passou a utilizar um animal para o transporte das mercadorias.

Com o tempo, abriu uma pequena lojinha em Varzedo, onde hoje fica a Igreja Universal. Mais tarde, com o apoio de amigos e empresários locais, expandiu o negócio e adquiriu um terreno onde atualmente funciona uma farmácia. Ali iniciou uma nova fase como comerciante estabelecido.

Sua entrada na vida pública aconteceu em 1954, quando foi eleito vereador de Santo Antônio de Jesus, com apoio de lideranças da região. Em 1957, casou-se, e desde então não perdeu nenhum mandato, somando oito mandatos consecutivos como vereador até 1988. Em 1971, durante um dos mandatos, chegou a colocar no seu lugar um amigo,Gerson, que também se destacou, sendo um dos vereadores mais votados da época.

Durante seu período como vereador, Nonô não recebia salário — apenas uma ajuda de custo. Mais tarde, os vereadores passaram a ser remunerados. Já em 1989, com o movimento de emancipação política de Varzedo ganhando força, Nonô, mesmo sendo vereador de Santo Antônio, se engajou na luta pela autonomia do município. O processo de emancipação começou com lideranças como Antônio França, Valdivino,Bispo, Padre Gilberto entre outros.

Reconhecendo a importância do movimento, Nonô se uniu à causa. Em 1990, foi eleito o primeiro prefeito de Varzedo. Seu mandato, no entanto, seria reduzido para apenas três anos devido ao processo de emancipação.. Infelizmente, Nonô foi assassinado em 17 de maio de 1992, antes de completar o mandato, governando por dois anos, cinco meses e 17 dias. Desde então foi decretado feriado municipal. Nonô deixou mulher (atualmente falecida) e dois filhos Anibal e Valtinho,que permanecem morando na cidade.

Seu legado permanece vivo na memória , como exemplo de liderança, trabalho e comprometimento com o povo varzedense.


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